Os bondes de Maceió Antigo
Conforme o pesquisador estadunidense Allen Morrison, Maceió
foi à terceira cidade Brasileira a adquirir bondes a vapor, depois das cidades
do Rio de Janeiro e Recife, a linha do bonde ia de Jaraguá a Bebedouro, com 10
km de comprimento abriu em 25 de março de 1868, O sistema foi instalado pela
empresa nova-iorquina Thomsen & Com. em associação com o agente brasileiro do
General Electric, Eduardo Guinle, usando equipamento da empresa Brill de
Philadelphia: dez veículos-padrão, duas gôndolas motorizadas e um carro funeral
em 1913, mais seis carros de passageiros em 1918.
Depois o sistema bondes foi adquirido em 1928 pelo
empresário de cotonicultura Gustavo
Paiva, em seguida a operação do sistema passou à
empresa estadunidense Electric Bond & Share. Sua subsidiária Companhia
Força e Luz Nordeste do Brasil operaram os bondes de Maceió por 25 anos, o
sistema foi extinto em torno de 1956.
Observamos
os relatos de como era o cotidiano dos bondes em Maceió através das crônicas de
Floriano Ivo: (...) “Crônicas e
Depoimentos”, descreve: “Veremos o bonde das doze com a estudantada
do Lyceu, do São José e do Diocesano, turminhas de mancebos, geralmente no
reboque, grupinhos de lindas mocinhas - hoje elegantes senhoras da sociedade – ali na frente, bancos uns virados para os outros, falando
como periquitos irrequietos, mudando de lugar, levantando umas, sentando-se
outras o tempo todo em cochichos e sorrisos, flertando mais do que a namorar”. Existiam
também os bondes de segunda classe, com bancos laterais e espaço central, mais
feios e no entanto mais engraçados, com suas lotações completas da criadagem,
trapicheiros, estafetas da Western, raparigas da vida, vendedores ambulantes e
suas mercadorias: pato, galinha, peru, peixe, embrulhos disformes com carne de
porco, ganchos com toucinho pendurado, rolos de fumo ... E por isso: Lá vai a
gaiola da CATU! Diziam. “
Se compararmos
hoje os meios de transporte de Maceió, notamos que alguns comportamentos ainda
são comuns como Vendedores ambulantes e suas mercadorias e pessoas que
transportam peixe, embrulhos que circulam nos atuais ônibus, com sistemas de GPS, Câmeras
, só um aspectos que não teve no passado os arrastões a assaltos, hoje se transformando em cotidiano
Ponte do Fonseca |
Praça Visconde de Sinimbu,ficava a estação dos bondes(hoje espaço cultural da UFAL) |
André Cabral-História de Alagoas
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