A ORIGEM DE ALAGOAS
Nossa Alagoas
Conforme podemos comprovar, a terra em que vivemos hoje, ainda indefinida geográfica e politicamente naquele
imenso território, não só teve a primazia de ser vizinha ao palco desses
primeiros contatos com os espanhóis como, logo a seguir, foi um dos pontos a
serem percorridos pelas naus lusitanas, chefiadas
pelo piloto italiano Américo Vespúcio em 15m·,
quando atingiu o rio São Miguel e o rio São
Francisco.
A presença
de Pedro Álvares Cabral e sua frota em Porto Seguro, Bahia, um ano antes, no dia 22 de
abril de 1500 (e que para alguns, sem confirmação oficial, teria sido em solo
alagoano), representa o próprio
atestado de batismo do Brasil, viabilizado pela famosa carta de Caminha, o
escrivão da frota ao rei D. Manuel, na qual narra detalhes do famoso episódio.
Ali inseríamo-nos definitivamente na admirável engenharia territorial do nosso
País e em seus fundamentos sociológicos e humanos.
Porque
Alagoas
A denominação Alagoas só viria muito mais tarde,
no período de colonização, em decorrência das numerosas lagoas existentes na região, assinaladas nos mapas
primitivos pelos exploradores. Era assim chamada a parte austral da primitiva Capitania de Pernambuco.
A diferente versão alagoana do descobrimento
Contrariando a versão oficial de que o
primeiro lugar avistado pela frota de Pedro Álvares Cabral foi o Monte Pascoal,
na Bahia, alguns historiadores locais defendem que tal ponto, na verdade, foi o
contraforte da serra da Nacéia, em Anadia. Jayme de Altavila, um dos maiores nomes
desta corrente, baseia-se no cronista pernambucano Fernandes Gama e no
cientista Alexandre Von Humbolt, os quais sustentam que as primeiras terras
divisadas pela esquadra da cruz de malta estavam localizadas a 10 graus de
latitude sul, e, portanto, na costa comprendida entre Jequiá e Coruripe.
Ainda
reforçam a tese com o registro de João de Barros que, em sua obra Décadas da
Ásia, dá a entender que as primeiras
terras descobertas pelos portugueses foram as de Alagoas, e que depois de
terem andado um dia ao longo do litoral, tendo sido arrastadas, á noite, pela
ação de fortes ventos e de um temporal, foram para o sul, aportando em Porto Seguro, onde
desembarcaram
Aparecem águas alagoanas
Jayme de Altavila igualmente
serve-se da Carta de Caminha, onde há uma descrição de um reconhecimento feito
num local perto de onde aportaram as embarcações, o que reforçaria a tese que
defende: "e então o capitão passou o rio, com todos nós outros, e fomos
até uma lagoa grande de água doce, que está junto com a praia, porque toda
aquela ribeira do mar é apaulada por cima, e sai à água por minutos
lugares". Segundo ele o rio de que trata o escrivão oficial seria o
Coruripe, quanto à lagoa grande seriam então as diversas lagoas, localizadas
"antes da foz do rio Poxim, adiante do curso d'água mencionado no
documento de Caminha e que se reúnem por vários canais, confundindo-se com o
citado rio, sendo esta evidentemente uma
"região muito pantanosa (apaulada), daí a expressão apaulada por cima, e
sai à água por muitos lugares".
Outros registros são também
confrontados como a de que "a terra traz ao longo do mar, em algumas
partes grandes barreiras, umas vermelhas e outras brancas" entendendo-se
que seriam, segundo os defensores da tese, as barreiras de Jequiá. A
topografia - dizem - leva a crer que seria a enseada do Pontal de Coruripe, o
possível ancoradouro da esquadra cabralina. A situação geográfica, o meio
físico, da Baía Cabrália, tem semelhanças com a costa alagoana, mas Altavila,
mencionando Salvador Pires de Carvalho e Aragão, revela que na região baiana
próximo a Porto Seguro "não existe nenhuma lagoa de água doce, existindo
sim três pequenas lagoas salgadas, cujas comunicações com o mar só se
estabelecem nas marés altas".
Por: Luciano Cavalcante.
Por: Luciano Cavalcante.
Não gostei dessa pesqui😣😣😣😣😣😣😣😣😮😮😮😮😮
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