Alagoas, recontando a história!
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O Ouvidor Batalha (Dr. Antônio Ferreira Batalha) foi o responsável pela criação
e da possibilidade de uma Alagoas independente de Pernambuco. Ele orientou a
elite local a não tomar parte do movimento que se originara em Pernambuco, e
que tinha Padre Roma como um dos principais destaques da luta pela emancipação
política, eles não concordavam com a tese do Brasil está submetido a Portugal,
muito mais ainda com vinda da família real para o nosso país, por conta do
período napoleônico na Europa. A Revolução Pernambucana, é bom ressaltarmos,
ensejou a Confederação do Equador, movimento que começa também em Pernambuco,
de caráter separatista e Republicano de 1824. Mesmo assim, o Comandante das
Armas nessa região, Antônio José Vitoriano Borges da Fonseca, atendendo ao
pedido de Padre Roma, emissário dos revolucionários pernambucanos, retirou os símbolos
de Portugal dos prédios públicos, destruindo os mesmos e soltando todos os
presos da Comarca. Passou por cima do Ouvidor Batalha, que era a autoridade
máxima da Comarca. Padre Roma se dirigiu a Sergipe e Bahia, aonde foi fuzilado
pelas forças leais à família real portuguesa. A luta pela emancipação, a partir
de Pernambuco, foi uma luta patriótica em defesa da soberania nacional, talvez
o seu programa fosse difuso, mas era alentador a possibilidade de congregar
toda a nação em superar a monarquia e avançarmos para um sistema republicano.
Mas eu não posso, em nome da verdade, dizer que a nossa emancipação foi algo
revolucionário e duramente buscado por nossa população, isso é mentira, o que
houve foi um acordo, bom dizermos, acordo com os setores canavieiros, elitistas
com o representante real. Foi um movimento de traição aos ideais de liberdade
organizados a partir dos revolucionários em Pernambuco.
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